O futuro ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, tem dado um claro recado aos integrantes de segundo e terceiros escalões da pasta: não pretende promover uma caça às bruxas assim que assumir o órgão, em 1º de fevereiro.
Como mostramos mais cedo, a nomeação de Lewandowski será publicada na segunda-feira no Diário Oficial da União. Depois disso, o futuro ministro começará a transição na pasta. O atual titular do cargo, o ex-governador do Maranhão Flávio Dino, vai acompanhar pessoalmente essa passagem de bastão.
Mesmo antes de assumir, Lewandowski tem deixado claro a alguns auxiliares que pretende dar um ar de continuidade a algumas ações da pasta. Não é esperado um “cavalo de pau” administrativo.
Assim que assumirem seus respectivos cargos, Mário Sarrubbo (futuro secretário Nacional de Justiça), Manoel Carlos Neto (futuro secretário-Executivo) e Ana Maria Neves (futura chefe de gabinete) devem reforçar em eventuais discursos a manutenção das políticas de seus antecessores.
Assim que assumir a pasta, Lewandowski já terá uma missão: arrefecer os ânimos de deputados bolsonaristas na Câmara.
O presidente da Comissão de Segurança Pública da Câmara, deputado Ubiratan Sanderson (PL-RS), pretende convidar o futuro ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, a prestar esclarecimentos sobre a violência urbana e sobre os projetos da pasta para combater a criminalidade no país.
“A crise na segurança pública é algo notório. A violência urbana voltou a preocupar a população brasileira. Por isso vamos convidar o novo ministro da justiça e segurança pública para ouvir dele o que o governo Lula pretende fazer para conter esse crescimento”, disse Sanderson a este site.
“Passado um ano de governo petista, absolutamente nada foi feito para combater a delinquência organizada no Brasil a não ser as ‘lacrações’ e discursos irresponsáveis de Flávio Dino”, acrescentou Sanderson. (O Antagonista)