Enganam-se redondamente aqueles que pensam que o presidente da Assembleia Legislativa, deputado Othelino Neto (PC do B), esteja em rota de colisão com o governador Flávio Dino.
Embora Othelino venha reiterando que apoia o projeto político do senador Weverton Rocha para o governo do Estado, ele mantém a palavra de que seu voto para o Senado é de Flávio Dino, que já se posicionou por um apoio ao vice-governador Carlos Brandão na corrida pela sucessão.
Especulações sobre rompimento de Othelino com o chefe do Executivo não passam de meros factoides. As relações políticas com Flávio Dino são amistosas e consolidadas.
Quem acompanha a cena política do Maranhão deve lembrar que em algumas de suas entrevistas, Othelino Neto, que teve seu nome colocado na bolsa de apostas para disputar o Senado, disse que poderia, sim, concorrer a uma vaga na Câmara Alta, desde que o governador Flávio Dino viesse a disputar outro cargo. Ainda se especulava que o chefe do Executivo pudesse compor a chapa do ex-presidente Lula como candidato a vice-presidente.
O alinhamento dos dois pode ser observado em suas mais recentes movimentações. Na quinta-feira (02), por exemplo, Othelino participou de evento comandado por Flávio Dino para a entrega de três novas ambulâncias a prefeituras do interior do estado, sendo que uma delas, destinada à cidade de Marajá do Sena, foi indicação do presidente da Assembleia Legislativa.
Ambos voltaram a compartilhar o mesmo espaço nesta sexta-feira (03), desta vez no município de Vargem Grande. O chefe do Legislativo acompanhou o governador na solenidade de reinauguração da Escola Santos Dumont, que também recebeu instrumentos musicais, na entrega de títulos de terras e de sementes selecionadas para agricultores.
Também não passa de boataria o que está sendo disseminado por alguns setores das redes sociais, dando conta que Othelino estaria propenso a se filiar ao PL.
Nada disso, quem conhece a trajetória do dirigente do Legislativo Estadual sabe que ele sempre militou em siglas fora do eixo da direita.
Othelino também evoca o preceito constitucional de harmonia e independência entre os poderes para enfatizar que sempre houve essa respeitabilidade, tanto entre as instituições como entre ele e o governador.