Pernambuco (18%), Rio Grande do Norte (18%), Ceará (17%), Bahia (16%), e Mato Grosso do Sul (16%) são os cinco Estados em que, respectivamente, há mais eleitores que se consideram de esquerda. Roraima (41%), Mato Grosso (37%), Santa Catarina (36%), Tocantins (35%) e Paraná (32%) por sua vez, onde estão mais pessoas de direita. Isso é o que revela pesquisa do DataSenado feita em parceria com a Nexus, área de pesquisa e inteligência da FSB Holding.
No geral, o levantamento mostra que maior parte dos brasileiros não tem ligação com os espectros políticos. 40% dos entrevistados dizem não se identificar com nenhum dos lados. 29% se identificam com a direita, 15% com a esquerda e 11% com o centro. 6% não sabem ou preferiram não responder.
Maranhão (52%), Amapá (48%), Piauí (47%), Acre (47%), Amazonas (47%), Alagoas (47%) são os Estados com que dizem não ter identificação com nenhum lado político.
Elga Lopes, analista de opinião pública do DataSenado, diz que esses números mostram que a maior parte dos eleitores está menos interessada em ideologia política e mais atenta aos problemas de sua cidade.
O cenário — com os não-alinhados numericamente acima — se repete em todos os outros recortes da pesquisa (gênero, religião, escolaridade e renda familiar), com apenas duas exceções: entre os homens, em que há um empate em 34% entre os de direita e os que não se identificam com nenhum espectro, e entre os que têm seis ou mais salários mínimos. Nesse nível, a maioria (37%) é de direita, enquanto esquerdistas e neutros estão empatados em 21%.
Nos recortes, a maior desproporção entre direitistas e esquerdistas está entre os evangélicos. Apenas 8% se dizem de esquerda ante 35% de direita, diferença de 27 pontos porcentuais.
A pesquisa também perguntou às pessoas se o resultado das urnas eletrônicas é confiável. 86% dos eleitores de esquerda concordam, 12% discordam e 2% não sabem.
Os eleitores de centro também concordam em sua maioria (67%), enquanto 32% desse público discorda e 1% não sabe. Esse cenário é similar entre os não-alinhados. 61% concorda, 35% discorda e 4% não sabem.
Já na direita, a situação é oposta. 61% discordam, 36% concordam e 3% não sabem.
A pesquisa foi realizada entre 5 e 28 de junho deste ano e entrevistou 21.808 brasileiros por telefone. A confiabilidade da pesquisa é de 95%, e, sem considerar os cruzamentos, a magem de erro é de 1,22 ponto porcentual, com desvio-padrão de 1,37 ponto percentual. (Estadão)