São Luís está entre as cidades brasileiras que menos lê, isso de acordo com duas pesquisas: Retrato da Leitura no Brasil e a Retrato da Leitura no MA, a última coordenada pela professora Mary Ferreira, realizada entre os anos de 2017 e 2019 e publicado no livro “Bibliotecas, Livro e Leitura no Maranhão: Políticas Públicas para pensar uma sociedade Leitora” de autoria também de Mary Ferreira.
Na pesquisa realizada no Maranhão é analisado que São Luís só não está em uma situação pior, quando se trata de acesso à leitura, por conta de sete bibliotecas comunitárias espalhadas pela periferia da capital, em bairros como o Coroadinho, Cidade Olímpica, Cidade Operária, entre outros. Elas fazem parte da “Rede Leitora” um projeto idealizado por um grupo de professores. Graças a esse projeto o déficit de bibliotecas é amenizado na grande ilha. Na cidade tem somente uma biblioteca municipal, que é a “José Sarney”, localizada no bairro de Fátima, que está sob a direção da bibliotecária Rita Oliveira também curadora da Feira de Livro.
Há uma grande lacuna quando se trata de bibliotecas escolares na rede pública municipal, existem algumas salas de leitura, mas poucas bibliotecas e a ausência de bibliotecários agudiza o problema, fazendo com que a falta de leitura se agrave.
Uma vez por ano acontece a Feira do livro, no entanto ela contempla somente uma parcela da população, por ser fixa em um local específico. Uma das propostas da professora Mary é que a Feira do livro seja itinerante e que possa chegar ao maior número de pessoas, principalmente da periferia da capital.
De acordo com a candidata é preciso que exista uma campanha permanente para incentivar a leitura e, também, que estruturas como salas de leitura, bibliotecascom bibliotecários e livrarias estejam funcionando.
Uma de suas principais propostas é implementar o “Plano Municipal do Livro, Leitura, Literatura e Bibliotecas”, para transformar São Luís, em quatro anos, em uma cidade leitora e cidadã.
Mary Ferreira é doutora e pesquisadora da UFMA, participou do projeto de criação da Secretaria de Estado da Mulher, da Delegacia da Mulher em São Luís e do Conselho Estadual da Mulher. Foi Secretária Adjunta de Cultura, Diretora da Biblioteca Pública Benedito Leite e do Arquivo Municipal de São Luís. Tem trabalhando durante toda a sua vida por políticas de cultura que garantam a todos os Ludovicenses o acesso ao livro, a leitura e à informação.