• Vídeo: Bairros de São Paulo e do Rio têm panelaço antecipado contra Bolsonaro

    As cidades de São Paulo, Rio de Janeiro, Distrito Federal, Belo Horizonte e Recife registraram panelaços na noite desta terça-feira (17) contra o presidente Jair Bolsonaro. Além de bater panelas, as pessoas gritavam “fora, Bolsonaro”.

    Os protestos ocorreram depois de Bolsonaro falar, mais de uma vez, em “histeria” em relação ao novo coronavírus e dizer que ações de governadores sobre isolamento prejudicam a economia. À noite, o governo anunciou que pedirá ao Congresso para reconhecer estado de calamidade pública em razão da pandemia.

    No domingo (15), o presidente descumpriu monitoramento por coronavírus, participou de um ato a favor do governo e cumprimentou apoiadores no Distrito Federal. Nesta terça, Bolsonaro disse que o segundo teste para o coronavírus deu negativo.

    Em São Paulo, os panelaços, com gritos de “fora Bolsonaro”, ocorreram em bairros como Consolação, Santa Cecília, Higienópolis e Bela Vista, na região central, e Pompeia e Jardins, na zona oeste.

    Em Perdizes, também na zona oeste, houve manifestações de apoiadores em resposta, como “viva Ustra”, referência ao coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra, oficial da ditadura militar que costuma ser elogiado pelo presidente.

    No Rio de Janeiro, houve manifestações no Jardim Botãnico e em Copacabana, na zona sul. Manifestações contra o presidente Jair Bolsonaro também ocorreram na noite desta terça-feira no bairro de Laranjeiras, na zona sul do Rio, e na Asa Norte, bairro nobre de Brasília.

    Os panelaços em janelas de apartamentos se tornaram um dos símbolos de protesto contra a então presidente Dilma Rousseff, que sofreu impeachment em 2016.

    Nesta terça-feira, foi protocolado na Câmara o primeiro pedido de afastamento de Bolsonaro na Presidência por ter convocado atos contra o Congresso e o Judiciário no último fim de semana.

    Em meio à crise do coronavírus, o presidente vem tendo um posicionamento de relativizar a dimensão da pandemia, embora o próprio governo já tenha solicitado o reconhecimento de calamidade pública no país. Governadores nos estados, como Wilson Witzel (PSC), no Rio, anunciaram medidas drásticas para reduzir a circulação de pessoas, como impedir a circulação de ônibus intermunicipais.

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