Em entrevista exclusiva, nesta quinta-feira(10), ao programa Expediente Final da Difusora News, o vereador Francisco Chaguinhas falou da Operação do Gaeco ‘Véu de Maquiavel’ da qual ele e mais três vereadores de São Luís foram alvos. (veja no vídeo acima)
A operação faz parte de uma investigação iniciada em 2021, pelo Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco), para apurar o desvio de recursos de emendas parlamentares de vereadores da Câmara Municipal de São Luís, por meio de entidades sem fins lucrativos. O procedimento investigatório abrange três instituições sem fins lucrativos que, juntas, foram beneficiárias de cerca de R$ 6 milhões em emendas parlamentares com fortes indícios de simulação da aplicação de recursos.
Na entrevista concedida aos jornalistas Keith Almeida, John Cutrim e Judson Carvalho, o vereador Chaguinhas disse que não sabia da investigação por, segundo ele, ocorrer em segredo de justiça. “Às 4h30 da manhã quando chega na minha casa o Gaeco, a PRF, e já foi rebentando o portão e eu desci pensando que era um arrombamento que estava tendo. Ao adentrarem eles colocaram uma lanterna bem na minha cara e uma pistola em minha direção”, disse.
Francisco Chaguinhas defendeu que é necessário fiscalização e um corpo técnico seja disponibilizado pela Câmara para acompanhar o rito das emendas.
“Só se tem acesso a emenda parlamentar se for vereador. E você é vereador de onde, é da Petrobras, é vereador do Mateus, é vereador de onde? O vereador não é um ovo soltado por uma tartaruga em qualquer praia. Eu sou vereador da Câmara, eu não sou vereador do Mateus, eu não sou vereador da Vale”, declarou Chaguinhas, ao afirmar que seu instituto foi fundado recentemente.
O esquema de desvio de verbas parlamentares da Câmara Municipal de São Luís é investigado pelo Gaeco desde 2019, culminando no oferecimento de quatro denúncias nos anos de 2021 e 2022. Entre as irregularidades estão a troca de notas fiscais entre as próprias entidades beneficiadas por emendas parlamentares e a emissão de notas por pessoas jurídicas que tinham atividade principal diversa da constante no documento fiscal. Exemplo disso, é uma pessoa jurídica com atividade no ramo de fotografia que expediu notas fiscais de mais de R$ 600 mil para fornecimento de cestas básicas, em que pese tenha adquirido apenas produtos de natureza diversa, no importe inferior a R$ 20 mil.
Veja a entrevista completa do vereador Francisco Chaguinhas no vídeo acima a partir do minuto 24.
Uma resposta
E a Polícia Civil, por que não participou ?