• CoronaVac oferece alta proteção contra casos graves de Covid-19 causados pela Delta, mostra estudo preliminar chinês

    Um estudo preliminar feito pelo Centro de Controle de Prevenção de Doenças (CDC) chinês e pela Escola de Saúde Pública da província de Guangdong, na China, mostrou que vacinas de vírus inativado, entre elas a CoronaVac, apresentaram uma proteção de 69,5% a 77,7% contra a pneumonia causada pela Covid-19, inclusive diante um surto de infecções provocado pela Delta. A imunidade contra os casos graves provocados pela nova variante foi ainda maior.

    O artigo está publicado na página oficial de pré-prints da revista científica The Lancet e ainda não foi revisado por pares.

    Uma das vacinas analisadas no estudo é a CoronaVac, desenvolvida pelo laboratório chinês Sinovac e produzida no Brasil em parceria com o Instituto Butantan. Os imunizantes da estatal chinesa Sinopharm e o da empresa Biokangtai também participaram do estudo. No entanto, este último não apresentou resultados por conta da baixa quantidade de doses aplicadas no país.

    Em julho, o diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas, afirmou que o imunizante chinês apresentou bons resultados contra a cepa.

    Participaram do estudo 10.813 voluntarios que tiveram casos confirmados de Covid-19 ou contato próximo com alguém que teve, como pessoas que moravam na mesma casa de um infectado ou conviviam em espaços públicos com ele, como colegas de trabalho ou de faculdade. Durante o estudo, a variante Delta chegou à província e causou um surto da doença, tendo pelo menos 167 casos confirmados.

    Mais da metade (54,4%) dos participantes do estudo não eram vacinados, enquanto que 3.130 (28,95%) receberam pelo menos uma dose de vacina, e 1.795 (14,6%) tinham completado o esquema vacinal com duas doses. A CoronaVac foi a vacina mais aplicada: 51% dos vacinados tinham recebido a primeira dose, enquanto 58,3% receberam a segunda.

    Durante o estudo foram registrados 102 casos de pneumonia causada pela Covid-19, sendo 85 em pessoas não vacinadas, 12 em quem tinha tomado pelo menos uma dose e 5 naquelas com o esquema vacinal completo.

    A efetividade da vacina naqueles que receberam as duas doses foi de 77,7%, caindo para 69,5% quando se levou em consideração fatores como sexo, idade, profissão e local de residência, já que o surto mais intenso ocorreu em duas ruas da região urbana de Guangdong. Não foi encontrado um resultado estatisticamente significativo para aqueles que tinham recebido apenas uma dose da vacina. Isto significa que a primeira dose não foi suficiente para prevenir casos de pneumonia.

    Todos os 19 casos graves de Covid-19 foram registrados em pessoas que não haviam se vacinado.

    Esta é a primeira evidência científica da eficácia das vacinas de vírus inativado contra casos graves e pneumonia causados pela variante Delta. A falta de dados que demonstrem a efetividde com a primeira dose reforça a necessidade de completar o esquema vacinal para impedir internações devido à doença.  O Globo

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    1. Conta outra. Quem atesta é a ditadura chinesa. Muitos países já recomendam uma terceira dose de Pfizer, após duas de chinavac. Os exames de anticorpos reagentes não mentem!!!!

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