Um dos envolvidos no assalto ao Eneide Circus e no estupro de uma trapezista, ocorrido na última sexta-feira (22) no município de Central do Maranhão, é um adolescente de 17 anos.
A informação foi confirmada pelo delegado-geral da Polícia Civil do Maranhão, Manoel Almeida Neto, que anunciou a abertura de uma representação de busca e apreensão contra o adolescente.
De acordo com o delegado, pelo menos cinco pessoas participaram do crime. “Sabemos que, no mínimo, há a participação de outros quatro indivíduos, já parcialmente identificados. Estamos verificando os nomes completos e confirmando as informações preliminares”, afirmou.
Investigações avançam
A 21ª Delegacia Regional de Cururupu conduz o inquérito e já ouviu testemunhas. Além disso, Almeida Neto afirmou que as informações já coletadas, em grande volume, reforçam a expectativa de uma solução rápida para o caso.
Os investigadores já ouviram testemunhas do caso e seguem em busca dos foragidos. A 21ª Delegacia Regional de Cururupu está encarregada do inquérito.
“Estamos checando muitas informações, e várias delas coincidem. Isso nos dá segurança para afirmar que, em breve, teremos resultados significativos, com a identificação completa dos autores e a individualização das condutas de cada um na cena do crime”, acrescentou o delegado Almeida Neto.
Relembre o caso
Na noite de 22 de novembro, homens armados surpreenderam os artistas do Eneide Circus ao invadirem o local onde o circo estava instalado, incluindo os trailers dos profissionais e de seus familiares.
Os criminosos amarraram as vítimas, roubaram pertences, assim como cometeram violência sexual contra uma trapezista.
Camila e os familiares foram agredidos, roubados, e até mesmo idosos passaram por momentos de terror dentro do circo, logo após uma apresentação. Os criminosos ainda são procurados pela polícia.
“Não aconteceu nada com minhas filhas, graças a Deus. Cinco bandidos armados chegaram, armados, mandando a gente se jogar no chão. Botaram a minha cabeça em uma pilastra, botaram uma arma na minha cabeça. […] Eles chegaram pedindo dinheiro e saíram me arrastando pelos cabelos, enquanto outro me levou para dentro do trailer onde estava minha filha, de 1 ano, dormindo”, declarou Camila, em um post nas redes sociais.
A artista também falou que um dos bandidos já tinha visto ela se apresentando no circo e provavelmente já tinha premeditado o abuso. Ele chegou a atirar contra ela, mas o tiro não a acertou.
“Ele deu um tiro. Eu senti Deus comigo. Deus fez ele errar a bala para não acertar em mim. Ele botou uma arma na minha cabeça e atirou. No momento, eu só sabia passar a mão na minha filha e na minha cabeça, pra saber se tinha pegado. […]Eu fiquei em choque. […] Estou tentando ser forte, pela minha família, por mim também, mas não vou dizer que estou bem. Estou com ódio, mas feliz por ter conseguido proteger minha família”, contou a artista.
O ataque violento levou à suspensão das apresentações programadas pelo grupo, incluindo eventos voltados para escolas públicas de Central.