Com medo de represálias do Palácio do Planalto ou atendendo ordens do presidente Bolsonaro, o presidente do Conselho de Ética da Câmara, deputado Juscelino Filho (DEM-MA), está empurrando para 2020 o início de um dos processos que pode resultar na cassação do mandato do deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP).
O processo pode, em última instância, resultar na cassação do mandato do deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), filho do presidente Jair Bolsonaro.
O processo, que foi apresentado pela oposição, reclama que o segundo filho do presidente Jair Bolsonaro quebrou o decoro parlamentar ao dizer que um novo AI-5 poderia ser instaurado no Brasil caso a esquerda radicalizasse.
Além desse processo relativo ao AI-5, Eduardo Bolsonaro é alvo de uma representação apresentada pelo próprio PSL. A representação é assinada pelo presidente do PSL, Luciano Bivar (PE), que nesta semana também decidiu suspender o segundo filho de Eduardo Bolsonaro de suas atividades partidárias por um ano.
A representação do PSL que está no Conselho de Ética da Câmara diz que Eduardo Bolsonaro comandou uma “campanha difamatória e injuriosa”, com ofensas e ataques pessoais, contra Joice Hasselmann (PSL-SP) depois que ela decidiu apoiar a manutenção do Delegado Waldir (PSL-GO) na liderança do PSL na Câmara. Entre as ofensas listadas pelo PSL, estão a nota falsa de R$ 3 estampada com o rosto de Joice e a campanha #DeixedeSeguiraPepa que Eduardo publicou no Twitter.
O presidente do Conselho de Ética, contudo, ainda não definiu quem será o relator dessa representação, que seguirá o mesmo rito da do AI-5. Os possíveis relatores, definidos mediante sorteio, os deputados Eduardo Costa (PTB-PA), Márcio Marinho (PRB-BA) e Márcio Jerry (PCdoB-MA). “Próxima semana devo fazer a indicação”, promete o presidente do colegiado, Juscelino Filho. Com informações do Vortex e Congresso em Foco