• Discussão entre juíza e promotor suspende sessão do Tribunal do Júri no Maranhão

    Na última quarta-feira (14), uma sessão do Tribunal do Júri em Cantanhede, no estado do Maranhão, foi interrompida devido a um desentendimento entre a juíza Bruna Fernanda Oliveira da Costa e o promotor de Justiça Márcio Antônio Alves Oliveira, relacionado à disposição de uma cadeira no tribunal.

    O imbróglio surgiu durante os preparativos para o julgamento de Loriano Ribeiro Fonseca, acusado de homicídio em Matões do Norte, cidade vizinha a Cantanhede. A juíza afirmou que, no decorrer da discussão, sentiu-se vítima de um ato machista por parte do promotor, que, por sua vez, se defendeu negando a acusação, apresentando afirmações de que se trata de um erro.

    Segundo a magistrada, antes do início do júri, o promotor havia solicitado, de maneira inadequada, que a secretária judicial retirasse objetos pessoais de um assento para que ele pudesse se sentar perto dela, conforme mencionado na Lei Orgânica Nacional do Ministério Público. A funcionária atendeu à solicitação, porém, ao chegar ao local, a juíza ressaltou ao promotor que a organização dos assentos deveria ser feita no momento apropriado, com o objetivo de manter a ordem e a formalidade da sessão. Bruna alegou que foi interrompida durante sua fala, o que provocou um clima de desrespeito.

    A postura do promotor, segundo a juíza, resultou em um “grave tumulto”, que inviabilizou a continuidade da sessão. Diante da situação, a juíza decidiu encaminhar o caso à Procuradoria-Geral de Justiça e à Corregedoria-Geral do Ministério Público, a fim de que sejam tomadas as devidas providências em relação a um possível desrespeito e machismo estrutural no tratamento que recebeu.

    Em entrevista ao g1, o promotor Márcio Antônio reafirmou que suas ações não foram machistas e alegou possuir documentos que comprovam que a acusação contra ele é infundada. O caso em questão envolve um homicídio que ocorreu em 14 de junho de 2017, na zona rural de Matões do Norte, onde Loriano teria assassinado João Batista Soares, após descobrir um relacionamento extraconjugal entre João e sua companheira. A sessão do Tribunal do Júri, após ser suspensa, será remarcada em uma data que ainda será definida pela Justiça.

    Uma resposta

    1. Essa juíza é totalmente desequilibrada. O comportamento dela não foi compatível com a função de quem julga o ser humano. Infeliz dos jurisdicionais da comarma que está atuando.

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