Do Poder 360 – O governador do Maranhão, Flávio Dino, 51 anos, confirmou que o PC do B (Partido Comunista do Brasil), ao qual é filiado desde 2006, passará por reformulações em sua identidade visual, com alterações no nome e no símbolo da legenda. Para ele, os atuais símbolos, a foice e o martelo, são “do século 19”.
“Temos outras formas do trabalho que têm de estar representadas. Então é 1 processo em curso. Muito provavelmente haverá algum desfecho como outros países já fizeram no planeta, inclusive, no Brasil”, disse em entrevista ao jornalista Fernando Rodrigues, apresentador do programa Poder em Foco, uma parceria editorial do SBT com o jornal digital Poder360.
Flávio Dino afirma que a palavra “comunista” deve ser retirada do nome da sigla por causa do preconceito que se tem quanto ao seu significado ideológico político-social.
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“Infelizmente, por conta dos ecos das ditaduras, difundiram-se muitos preconceitos contra a palavra ‘comunista’. É uma coisa meio curiosa, porque não há inclusive base etimológica. Comunista é comunhão, comum, comunidade. Então, a origem etimológica da palavra remete só a coisas boas: comunhão, partilha, comunidade”, afirmou.
“Mas, infelizmente, isso foi satanizado por certas atitudes ao longo da história, da ditadura militar e outras. E, infelizmente, atualizadas agora por esse extremismo. Então, temos que adotar uma tática que leve em conta a tática política, marcas etc., porém, sem alterar o conteúdo. Nós somos 1 partido de defesa do Brasil, que defende a nação, que tem 1 projeto nacional e que defende os mais pobres. Isso é o fundamental”, declarou.
O governador ainda rebateu críticas à possibilidade de mudanças no partido. Para ele, “é curioso que haja 1 patrulhamento” em relação ao PC do B, considerando que muitos partidos no mundo já fizeram modificações em suas identidades.
“Todos podem, menos o PC do B. Ou seja, cobram que nós sejamos dogmáticos. Às vezes nos criticam dizendo: ‘O PC do B está traindo o seu ideário’. Mas por quê? Uma atualização não é necessária? Claro que é necessária”, afirma.
O governador do Maranhão falou na entrevista sobre sua atuação em busca de uma conciliação entre os partidos de esquerda, na tentativa de formar o que chama de “frente ampla” para disputar contra agremiações de direita ligadas ao presidente Jair Bolsonaro nas eleições de 2022.
Dino falou sobre a atuação do STF (Supremo Tribunal Federal) durante o processo de impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (“[O Supremo] permitiu [o golpe]. (…) Resolveu não intervir. Atuou como guardião das regras do jogo”).
Também fez comentários sobre o governo Bolsonaro, reforma tributária e privatizações. Em relação ao Maranhão, explicou o aumento de salário dos professores (piso de R$ 2.800 para quem trabalha 40 horas semanais, que pode chegar a R$ 6.500 com as gratificações), modelo de escolas bilíngues e incentivo ao turismo.
Indagado sobre sua ideologia política, Dino disse ser “comunista, graças a Deus”. A frase é uma alusão ao livro “Anarquistas, graças a Deus”, de Zélia Gattai (1916-2008). Mas Dino faz uma ressalva: “Anarquista eu não sou”. Durante a entrevista, houve uma pequena confusão a respeito da frase, que foi atribuída pelo entrevistador ao dramaturgo italiano Dario Fo (1926-2016). Na realidade, Fo foi autor de várias obras com conteúdo satírico sobre socialismo e escreveu, entre outras, a peça “Morte Acidental de 1 Anarquista”.
2022: ‘CANDIDATURA NÃO PRESIDE MINHA VIDA’
Flávio Dino é 1 dos nomes cogitados para a disputa presidencial em 2022. Levantamento da consultoria Atlas Político, divulgado em 13 de fevereiro, apontou o comunista com 13% das intenções de voto em 1 cenário sem o ex-presidente Lula e o ministro Sergio Moro (Justiça e Segurança Pública). O governador ficou 28 pontos percentuais atrás de Bolsonaro, que apareceu liderando a disputa.
Indagado sobre a possibilidade de vir a ser candidato, Dino disse que, hoje, a candidatura ao Planalto “não é algo que presida” a sua vida.
“Nós estamos ainda no alvorecer de 2020, portanto, é muito precoce. Seria 1 enorme equívoco político colocar o carro adiante dos bois. De modo que não existe esse diálogo hoje sobre candidatura A ou B. Seria 1 atropelo do principal, que é o diálogo, abertura, programa, conectar a esquerda com população, mostrar que nós temos a oferecer ao país 1 mundo melhor. Aí vamos discutir mais adiante. É claro que surgem especulações, cenários, que bom. Mas não é algo que presida a minha vida hoje porque eu tenho o pé no chão e sei que há o momento para que esse debate se coloque”, declarou.
Entretanto, o governador, que está em seu 2º mandato consecutivo –não podendo disputar a reeleição–, disse que em abril de 2022 deve deixar o comando do Executivo para concorrer a “alguma eleição”.
“O meu desejo é esse. Seria incoerente com a minha renúncia à magistratura. Eu era juiz federal, poderia ser até hoje, seria até os 75 anos. Ingressei aos 25, portanto, eu seria magistrado por 50 anos, 1 cargo vitalício e muito importante no país. Renunciei a isso e, obviamente, fiz uma opção de vida. Uma opção consciente e consistente, de modo que desejo continuar na política eleitoral enquanto tiver apoio popular e apoio das forças políticas que têm sustentado a minha atuação no nosso Estado do Maranhão”, afirmou.
FILIAÇÃO AO PT: ‘NÃO EXISTE ESSE DIÁLOGO’
Em 18 de janeiro, Flávio Dino reuniu-se com o ex-presidente Lula na sede da CUT (Central Única dos Trabalhadores). Indagado a respeito do que foi discutido no encontro, o governador negou que tenha tratado sobre a possibilidade de se filiar ao PT.
“Esse diálogo não ocorreu, como já foi esclarecido, porque eu componho inclusive a Executiva Nacional, a direção nacional do meu partido. Seria uma atitude estranha se houvesse esse tipo de diálogo”, disse.
Segundo o governador, ao se encontrar com o petista, argumentou sobre o que tem chamado de “frente ampla”, uma união dos partidos de esquerda para enfrentar a direita de Bolsonaro.
“Eu argumentei muito fortemente nessa direção do que tenho chamado de frente ampla, ou seja, essa compreensão de que a esquerda sozinha não dá conta da resistência ao bolsonarismo e à reconquista do comando central do país”, afirmou.
ESQUERDA E CENTRO: ‘LULA NÃO É OBSTÁCULO’
O comunista afirmou ainda que sua intenção é buscar conciliação com “várias correntes políticas”, inclusive, as liberais. E, para ele, Lula não será resistente a essa iniciativa.
“Tive muita acolhida de modo que ele [Lula] me estimulou, me impulsionou a continuar com esse trabalho de diálogo com várias correntes políticas. E fiz questão de frisar, inclusive publicamente, que é para além da esquerda, uma vez que, por exemplo, a vitória eleitoral do ex-presidente Lula em 2002 só foi possível com a aliança com 1 liberal, 1 empresário, de centro, que foi o saudoso vice-presidente José de Alencar. De modo que tenho certeza que ele [Lula] não é obstáculo à continuidade desse processo”, afirmou.
2022: ‘PT SEM CABEÇA DE CHAPA SERIA INÉDITO’
Indagado sobre a possibilidade de os partidos de esquerda se unirem para lançar, em 2022, 1 único candidato à Presidência, Flávio Dino disse que fazer essa conciliação é 1 “enorme desafio”e “uma necessidade objetiva”. Para ele, existe a possibilidade de as siglas se unirem já em 2020.
“Temos muitas conversas entre as lideranças dos partidos e eu acredito, sim, que é 1 processo em curso de distensionamento, inclusive, de polêmicas pretéritas e de construção de 1 novo programa, de uma nova identidade, de uma visão mais prospectiva, de uma visão que dialogue para o futuro a partir, claro, dos problemas reais da população. Acho que há uma alta possibilidade de isso ocorrer já em 2020 e também em 2022”, declarou.
Considerando a possibilidade de uma aliança da esquerda, Flávio Dino afirmou que seria 1 fato “inédito” se o PT, nas próximas eleições gerais, abrisse mão de lançar 1 candidato próprio e apoiasse alguém de outro partido. Segundo ele, o ato faria parte da compreensão de que, sozinha, a sigla não tem força “suficiente” para enfrentar a atual conjuntura política do Brasil.
“Em 8 eleições presidenciais, o PT esteve presente com grande destaque em todas as ocasiões e exerce, de fato, 1 papel dirigente em relação a esse segmento da política brasileira. Nós reconhecemos essa preeminência, esse destaque do PT e do seu principal líder, que é 1 dos maiores líderes populares da história brasileira, o ex-presidente Lula. As coisas mudam, as dificuldades objetivas vão se colocando, há obstáculos, e, por isso, eu acho sim possível que, em realidades locais, municípios, Estados, e também no plano nacional, que haja uma abertura maior a essa compreensão de que o PT e o PC do B, que são aliados históricos, têm 1 papel importante, porém não é suficiente na atual conjuntura, tendo em vista que nós temos 1 enorme desafio”, defendeu.
Em entrevista concedida em 15 de janeiro à TVT –emissora sindical–, Lula chegou a admitir que apoiaria uma chapa tendo Flávio Dino como candidato a presidente. “Admito que sim, como não? O PC do B já me apoiou 4 vezes. Eu tenho 1 apreço por ele”, disse o petista.
Indagado sobre se o mais plausível ainda seria somente uma união dos partidos no 2º turno, o comunista afirmou que “está cedo” para essa afirmação.
“Vamos promover a maior convergência possível no 1º turno e acho que nós estamos caminhando bem, muito bem, melhor agora do que em 2018, na minha avaliação. E depois vamos ver quem é possível atrair para uma perspectiva que não seja extremista, uma perspectiva que seja de mediação nacional, 1 projeto nacional que albergue, inclusive, diferentes visões e que faça também concessões. Nós da esquerda não podemos impor o nosso ideário. Nós temos que, obviamente, construir o máximo, enquanto possível, de condições para executar o nosso programa. Mas nós temos que respeitar a legitimidade de outros setores sociais também”, disse.
LUCIANO HUCK: ‘TEM PAPEL IMPORTANTE’
Na tentativa de construir uma frente ampla, Flávio Dino disse que tem conversado com o apresentador Luciano Huck, possível candidato à Presidência em 2022. Segundo o governador, o apresentador pode ajudar nessa construção, considerando sua defesa ao fim da desigualdade social.
“Acho que ele ajuda. Hoje, a abordagem que ele faz de temáticas como a desigualdade social, acho que isso é valioso para o campo da esquerda. Significa dizer que Luciano Huck é da esquerda? Claro que não. Nem ele pretende, mas nós podemos conversar com ele e eu tenho conversado”, disse.
Indagado sobre se Luciano Huck seria 1 bom nome para a disputa presidencial, Dino defende que o fato de o apresentador ter “se colocado no campo liberal não-bolsonarista” o faz ter 1 papel importante no cenário político, mas destaca que “o leito natural da esquerda passa por uma construção em torno do PT”.
“Ele é uma pessoa que tem se colocado no campo liberal não-bolsonarista e eu acho que tem 1 papel importante em relação a isto e tem polarizado, inclusive, setores do PSDB, setores da academia, economistas importantes têm se posicionado ao lado dele e, portanto, ele tem a sua representatividade. É claro que o leito natural da esquerda passa por uma construção em torno do PT, que é o partido dirigente do nosso campo, e as agremiações que tradicionalmente fazem parte do nosso campo”, disse.
Apesar das críticas do ex-presidente Lula às associações de Luciano Huck à esquerda, o comunista afirma que é possível apoiar o apresentador, ao menos num hipotético 2º turno. “Eu tenho convicção de que isso é possível, ao menos em 2º turno, porque nós já tivemos conjunturas parecidas.”
Em crítica a uma fala do ministro Paulo Guedes (Economia), Dino afirmou que, para ele, é preferível buscar diálogo com Luciano Huck, considerando que ele tenha uma postura progressista, do que tê-lo “agredindo empregadas domésticas”. Em 12 de fevereiro, ao defender a taxa de câmbio mais alta, Guedes afirmou que com o dólar baixo empregadas domésticas estavam viajando para a Disney.
“A vida brasileira é muito mais complexa do que caixinhas, preconceitos e rótulos e é isso que eu tenho procurado colocar claramente. Eu prefiro que o Luciano Huck tenha, na prática, adotado posturas progressistas, do que tê-lo como 1 reacionário a mais, por exemplo, agredindo empregadas domésticas ou proferindo preconceitos e violência”, disse.
‘CONTRA BOLSONARO, FARIA CAMPANHA PARA ALCKMIN’
Dino disse considerar que o diálogo com todos os setores da sociedade, incluindo os liberais, é necessário para evitar que na próxima eleição presidencial não haja uma “frente ampla” atuando contra a esquerda, como teria se dado em 2018, em sua percepção.
“Nós não podemos repetir em 2022 o que tivemos em 2018, ou seja, no 2º turno a esquerda presente e uma frente ampla contra a esquerda. Nós perdemos a eleição. Então, ou a frente ampla está ao nosso lado ou ela está contra nós. Então, por isso, é importante dialogar com setores liberais como eu tenho feito e outras lideranças, empresários, enfim, porque eles têm 1 papel determinante para que a gente possa não só vencer as eleições, vencer e governar. Ninguém governa sozinho”, defendeu.
O comunista afirmou que, em outro cenário, sendo Geraldo Alckmin (PSDB) contra Bolsonaro, não só votaria no tucano, como “teria feito campanha” para ele.
“Se o 2º turno em 2018 tivesse sido Alckmin e Bolsonaro, eu teria não só votado em Alckmin, eu teria feito campanha para Alckmin. E acho que, naquele momento, ele representava uma perspectiva democrática melhor do que o Bolsonaro, mesmo que não fosse a minha. Meu candidato foi Haddad, mas se esse hipotético 2º turno tivesse ocorrido, essa teria sido minha atitude e acho que esse é o certo. O Governo do Maranhão governa com 16 partidos. Não só venci a eleição com 16 partidos, eu governo meu Estado com esses 16 partidos”, disse.
Para o governador, o maior desafio da esquerda é, além de estar na disputa presidencial em 2º turno, ter “a capacidade de em estando lá atrair apoios”.
MEA CULPA: ERROU-SE NO GOVERNO DILMA
Flávio Dino fez críticas à forma como o governo da ex-presidente Dilma Rousseff (2011-2016) conduziu a política econômica do país. Citou as medidas adotadas pela gestão petista para estimular o desenvolvimento econômico: desonerações tributárias; empréstimos do BNDES; redução de tarifas, como da gasolina e da energia; além da promoção da redução das taxas de juros de bancos, por meio da Caixa Econômica Federal e do Banco Central.
O comunista afirma que o governo Dilma teve responsabilidade pela crise fiscal, por causa dos “excessos fiscais”, que resultou no aumento de desemprego e na redução do crescimento econômico a partir de 2013. Porém, para ele, a culpa não “é exclusiva” da gestão petista.
“Quem dirigiu o país naquele momento éramos nós, então nós temos responsabilidade sobre isso, porém não exclusiva. Isso que eu faço questão de dizer, por exemplo, as desonerações tributarias, que todo mundo reconhece que foram excessivas e equivocadas, porque agonizaram a crise fiscal. Todos que acompanham política sabem que grande parte das desonerações foram feitas no Congresso Nacional, com emendas parlamentares de vários partidos, havia as pautas bombas”, diz.
“Houve desacerto na condução da política econômica, claro que houve, sobretudo, na forma como a então presidenta Dilma quis executar a chamada agenda Fiesp. A agenda, por exemplo, de redução de juros. A Fiesp, que é uma entidade do empresariado brasileiro, apresentou a agente e ela, erradamente, naquele momento havia a visão segundo a qual diminuindo energia, reduzindo juros, fazendo desoneração com o plano Brasil maior, isso ia relançar a economia e ia gerar crescimento”, completa.
Para o governador, a crise econômica criou 1 “ambiente equivocado” e, consequentemente, deu à esquerda a responsabilidade sobre os problemas do país. Segundo ele, essa culpa, em conjunto com 1 “isolamento político”, teria resultado no impeachment de Dilma Rousseff, em 31 de agosto de 2016, impedindo que existissem condições para que a petista revertesse o cenário econômico e corrigisse os erros.
“E é 1 aprendizado, todo mundo erra. Aliás, isso é bíblico, Jesus Cristo que disse”, afirma. “Então isso que chamam de autocrítica, às vezes com uma visão de autoflagelação, eu faço na prática. Ao governar meu Estado, eu mostro o compromisso com a responsabilidade fiscal. Naquele momento houve uma ideia de uma nova matriz econômica, que infelizmente acabou sendo mal balanceada, mal graduada no tempo, e ela foi atropelada pela crise política e pelo golpismo que levou ao impeachment inconstitucional”, diz.
Apesar dos argumentos, Dino evita fazer uma crítica individual a Dilma Rousseff por considerar que seria uma atitude “injusta”. “Ela tinha boa fé, boa intenção, trabalhava muito. Ela é uma mulher honesta, infelizmente, de fato, [houve] erro de condução política, sobretudo, no momento, [ela teve] uma visão muito estreita, muito exclusivista”, defende.
Ao voltar a fazer uma crítica oblíqua ao ministro Paulo Guedes, o comunista afirmou que o PC do B chegou a alertar o PT sobre a necessidade de construir uma aliança ampla em 2018 para evitar uma derrota nas eleições gerais.
“Nós próprios, no caso do PC do B, alertamos para a necessidade de uma aliança mais ampla porque sabíamos do tamanho do desafio. Os adversários não são poucos de uma perspectiva nacional popular, são esses que acham ruim empregadas domésticas viajando de avião”, diz.
IMPOSTO PARA MAIS RICOS
Flávio Dino defende o aumento de tributação sobre grandes fortunas como uma medida para promover mais desenvolvimento no Brasil. Para ele, a taxação deve ser nos moldes da OCDE (Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico).
“Um bom exemplo que falta hoje para o Brasil é aquele que tem iate, helicóptero, jet-ski, patrimônios milionários, os bancos que têm lucros gigantescos, se submeterem ao regime tributário praticado na OCDE”, defende.
“Já que a OCDE, o clube dos países ricos, é o modelo para o atual governo, basta praticar a média dos tributos sobre os ricos e o Brasil anda melhor”, afirma.
A OCDE é composta por 34 países, entre eles os 20 mais ricos do mundo, e por 96 jurisdições. O Brasil não faz parte, mas pleiteia uma posição no grupo com o apoio dos Estados Unidos. Um dos principais desafios para o país se adequar à organização é a necessidade de uma mudança no atual sistema tributário brasileiro.
BASE DE ALCÂNTARA
O governador do Maranhão falou sobre o acordo promulgado pelo Congresso Nacional, em 20 de novembro de 2019, que permite uso do Centro Espacial de Alcântara para lançamentos norte-americanos. Segundo ele, outros países que também fazem uso da tecnologia poderão usar a base.
“O acordo não é para os Estados Unidos usarem a base de Alcântara. É para qualquer empresa do planeta, sendo dos Estados Unidos ou não, seja da Itália ou do Canadá, que use tecnologia americana, poder lança foguete de Alcântara. Como 80% da tecnologia do mercado aeroespacial é americana, é 1 acordo de propriedade intelectual, de proteção e salvaguardas tecnológicas. Desde que não haja ampliação da base, eu sou a favor de que ela seja usada”, defende.
“É 1 investimento do povo brasileiro e acho que esse acordo pode permitir que nós tenhamos uma transição. Enquanto nós não tenhamos o nosso próprio aeroespacial, nós permitimos que empresas de outros países do mundo, inclusive os Estados Unidos, de qualquer país que queira pagar, façam seus lançamentos no Maranhão”, afirma.
Respostas de 4
Esse sapo tá muito enganado, não tem voto mais nem no Maranhão imaginem no resto do país. Vai ficar sem mandato.
Tem gente que fala tanta bobagem. Um conselho: vão estudar para entender de “engenharia politica. O Professor Flávio Dino é Doutor “honoris causa” e deixa muitos abestados no vácuo.
Muda, os símbolos devem mudar para Pé de Cabra e Maçarico que são as ferramentas para assaltarem cofres. Nisso dino é muito bom.
Flávio Dino é professor de assaltar os cofres público e tramar contra um Estado pobre e que na sua gestão os índices sociais despencaram. Para conhecer de politicagem não precisa ser engenheiro e nem professor. Basta de mentiras.