• Moro conversa com Podemos sobre candidatura à Presidência ou ao Senado em 2022

    Antes tratada como improvável, a disputa da eleição do próximo ano passou a ser considerada pelo ex-juiz Sergio Moro. Em conversas com lideranças do Podemos na semana passada, foram discutidas tanto a possibilidade de concorrer à Presidência da República quanto a de tentar uma vaga no Senado por São Paulo ou Paraná. O ex-magistrado ficou de dar uma resposta até novembro.

    Desde que se mudou para os Estados Unidos, no final do ano passado, para trabalhar na consultoria Alvarez & Marsal, Moro vinha demonstrando pouco interesse em entrar na disputa eleitoral de 2022, embora nunca tenha descartado totalmente essa possibilidade. Uma pessoa que conversou com o ex-juiz recentemente disse que o “cenário está mudando e uma candidatura parece mais provável”.

    A mudança no pensamento do ex-juiz da Lava-Jato seria motivada pelos apelos que vêm recebendo e também pela incerteza sobre a renovação de seu contrato com a Alvarez & Marsal.

    Movimentos como o Vem pra Rua e Brasil Consciente, além de grupos de apoio a Lava-Jato, têm pedido que Moro entre na disputa presidencial para se apresentar como alternativa aos dois nomes que lideram hoje a corrida pelo Planalto: Bolsonaro (sem partido) e o ex-presidente Lula (PT). Em grupos de WhatsApp de que participa, Moro também viu os apelos aumentarem nas últimas semanas.

    O ex-ministro da Justiça do governo Jair Bolsonaro veio ao Brasil na semana passada para visitar familiares. Durante o período no país, reuniu-se com a presidente do Podemos, Renata Abreu, em Brasília, e com o senador Álvaro Dias, no Paraná. Nas conversas, Moro ficou de dar uma palavra final sobre o seu futuro até novembro.

    — O Moro contribuiu muito para o país. Teve muita dificuldade de mudar o sistema de fora para dentro e agora, mais do que nunca, está sendo convocado a tentar mudar de dentro para fora, já que quem se propôs a fazer isso de fato não fez. Pode ser uma candidatura a presidente ou ao Senado, o que estiver no coração dele — afirma Renata Abreu.

    O Podemos já fez pesquisas qualitativas sobre a participação do ex-juiz na corrida presidencial. Os dados mostrariam que ele tem condições de agregar o voto de eleitores que não estão dispostos a votar  nem em Lula nem em Bolsonaro.

    Segundo interlocutores, Moro, que condenou o petista na Lava-Jato e saiu do governo federal com críticas duras ao atual presidente, mostra preocupação com o fato de que nenhum nome da terceira via apresente até o momento viabilidade eleitoral. A expectativa é que além do Podemos, a candidatura do juiz poderia atrair o apoio do Novo.

    Apesar de considerar a entrada na disputa presidencial, Moro também discute uma candidatura ao Senado, vista como mais fácil. Ela poderia concorrer tanto no Paraná, se Álvaro Dias decidir ser novamente candidato a presidente, ou em São Paulo. O mandato de Dias no Senado termina no próximo ano e a eleição terá apenas uma vaga por estado. O Globo

    Uma resposta

    1. Se eu fosse o Moro, eu não me candidataria a nada iria embora do Brasil e esquecia essa republiqueta infestada de corruptos, e ainda temos o agravante de uma parcela da população não se importar com a folha corrida de seus ídolos políticos, prova disso é que quanto mais desonesto o político for, mais votos ele tem. Nesse há uma polarização entre os dois candidatos mais escrotos e desonestos que o Brasil já conheceu, Lula e Bolsonaro, nem vou me reportar aos parlamentares como Lira, Ciro Nogueira, Fernando Bezerra e tantas outras figuras abjetas da política nacional. Eu critico muito os políticos, mas não me esqueço de que eles são eleitos pelo povo popular significando que temos uma parcela do povo que não dá nenhuma importância a moral e a honestidade das pessoas. O Brasil é o paraíso da impunidade.

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