O presidente da Assembleia Legislativa do Maranhão (Alema), deputado Othelino Neto (PCdoB), destacou, durante o ciclo de palestras “O Maranhão discutindo o Brasil”, a importância de a população maranhense manter-se informada sobre temas e projetos da pauta nacional, que afetam diretamente a vida dos cidadãos. Com este propósito, foi realizada, nesta terça-feira (12), a primeira edição do evento, com palestras e esclarecimentos sobre a Reforma Tributária, no Plenarinho da Alema.
Na abertura do evento, Othelino destacou a relevância das discussões sobre a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 45/2019, que altera o Sistema Tributário Nacional, que, caso seja aprovada, afetará diretamente cada cidadão brasileiro. O presidente da Alema também pontuou a importância de informar os maranhenses sobre o andamento das discussões sobre o assunto, para que possam acompanhar e entender com clareza o que está sendo proposto.
“Esse é um momento importante para o estado, não só pelas pessoas que estão presentes acompanhando o evento, mas pela repercussão disso com a imprensa. Será o pontapé inicial de uma ampla discussão que nós vamos promover para que, cada vez mais, os maranhenses possam saber aquilo que está sendo discutido na Câmara dos Deputados e no Senado Federal, até para que possam, a partir da informação dos impactos da Reforma Tributária, saber como aquilo vai impactar para o bem ou para o mal na vida de cada um”, afirmou.
A primeira edição do ciclo de palestras contou com a participação expressiva de parlamentares, autoridades, jornalistas e técnicos na área. Os esclarecimentos sobre o tema foram feitos pelos economistas Eduardo Fagnani e Eduardo Moreira, expoentes no assunto. O professor Fagnani falou sobre a necessidade de uma proposta de Reforma Tributária justa, solidária e sustentável. Em seguida, Moreira proferiu palestra sobre aspectos da Reforma Tributária, traçando um paralelo sobre os seus impactos no dia a dia dos cidadãos e na conjuntura social.
“A Emenda que modifica a PEC 45, nomeada como ‘Reforma de Proposta Tributária Justa, Solidária e Sustentável’, é uma proposta que foi abraçada pelo Consórcio de Governadores do Nordeste, que a apoiou politicamente, e foi assinada por alguns partidos, sobretudo da oposição. Ela tem por objetivo fundamental promover justiça tributária, coisa que não ocorre hoje no Brasil”, ressaltou Othelino.
O presidente da Assembleia frisou, ainda, que a população precisa ter conhecimento do seu conteúdo para que possa, inclusive, acompanhar como os deputados federais e senadores vão se comportar em relação a esse tema. “Afinal de contas, é fundamental que a sociedade monitore, de forma democrática, a atuação dos parlamentares”, completou, ressaltando, também, que esse é um assunto que extrapola a questão ideológica.
“É fato que a grande imprensa nacional não permitiu esse debate ampliado. Parece que, para boa parte da população brasileira, há uma única tese e isso é muito ruim para todos nós, porque quando a população não conhece o assunto, não é possível o debate”, enfatizou Othelino.
Uma resposta
O Presidente da Assembleia Legislativa do Maranhão (Alema) tem circulado muito nos últimos meses, promovido palestras, falado bastante, aparecendo com frequência na mídia. Tudo normal, na ausência de um governador, obviamente suas aspirações políticas o motivam a usar essa estratégia. Nessa nova onda de palestras denominada “Maranhão Discutindo o Brasil”, começando com a Reforma Tributária e cujo objetivo principal é proporcionar conhecimento à sociedade maranhense de temas em discussão no cenário nacional e que afetem diretamente dos cidadãos maranhenses, eu pergunto: a quem realmente interessa?
O IBGE, num espaço de dois anos afirmou duas vezes que o Maranhão é o Estado que detém os piores índices indicadores do ranking de desenvolvimento entre os estados brasileiros.
O Instituto afirmou que o Maranhão tem mais da metade da sua população vivendo abaixo da linha de pobreza e que o PIB maranhense é igualmente o pior do país. Pasmem! 53% vivendo como miseráveis.
Ninguém do Governo do Estado tentou esclarecer tamanha vergonha. Colocar a culpa na economia nacional, ou no governo anterior, o quê? Cinco anos se passaram desde que o atual governo do partido do Presidente da Alema, se apossou do estado.
Daí eu me pergunto: Será que o que se faz realmente necessário não seria algo como “O Brasil discutindo o Maranhão”? Onde seria necessário um exame apurado das vertentes ideológicas dos seus gestores estaduais e municipais, – estão elas ainda válidas dentro do contexto político que vivemos nesse mundo de mudanças vertiginosas? – uma análise mais profunda da economia, uma reavaliação dos ativos naturais, sua organização pública.
Que se isolem do resto do Brasil, se é isso o desejo do governo, mas não descuidem do seu povo, afinal de contas é deles que vêm os votos que os mantem em seus devaneios, tais como palestras para explicar o que é explicado em abundância pelas várias formas de mídia do país.