No último dia de visita à China, o presidente Jair Bolsonaro disse que, se a crise no PSL não se resolver, ele pode se tornar um “presidente sem partido”: “Tanto faz eu estar com ou sem partido”, declarou na manhã deste sábado, 26.
Depois de ficar dois dias na China, Bolsonaro vai para Abu Dhabi, nos Emirados Árabes. No Twitter, ele publicou uma matéria do jornal China Daily sobre as relações do país com o Brasil.
Jair Bolsonaro também afirmou que quer ter uma boa quantidade de candidatos a prefeito nas eleições do ano que vem, mas que, para isso, precisa do controle do PSL. “Pretendo ter 30 a 40 candidatos, mas tenho que ter decisão sobre o partido. Eu não posso entrar e chegar na convenção, como eles têm a maioria, me deixam para trás. Eu tenho que ter um partido onde você tenha confiança, um partido que tenha inclusive, transparência. Os deputados sabem que quem quer ser candidato a prefeito é melhor tirar uma foto comigo e não com outra pessoa”, disse em uma clara indireta a Luciano Bivar, presidente nacional do PSL.
“Tem alguns ali que botaram na cabeça ‘eu vou ser prefeito’, ‘vou ser isso’, ‘vou ser aquilo’, e atropelaram tudo. Inclusive um parlamentar (…) queria se lançar prefeito de um grande município, capital. Eu falei assim: ‘Se tu lança com antecedência, outros que querem ser candidatos de outros partidos começam a fazer oposição à gente. Vamos decidir só em março’. Daí resolveram, uma pessoa resolveu botar a carroça na frente dos burros”, disparou Jair Bolsonaro.
Questionado se ele se referia a Joice Hasselmann, Bolsonaro não respondeu.