• Quaest: Lula empataria com Bolsonaro, Tarcísio e mais 3 em eventual 2º turno

    Em um eventual 2º turno nas eleições de 2026, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) empataria com pelo menos cinco possíveis candidatos à Presidência da República: Tarcísio de Freitas (Republicanos), Michelle Bolsonaro (PL), Ratinho Jr. (PSD), Eduardo Leite (PSD) e Jair Bolsonaro (PL), que está inelegível. No levantamento anterior, divulgado em abril, Lula vencia todos os outros concorrentes e empatava somente com o ex-presidente Bolsonaro. Desta vez, Lula e Bolsonaro têm 41% — a margem de erro é de dois pontos para mais ou menos.

    O levantamento mostra Lula e Jair Bolsonaro (PL) empatados com 41% das intenções de voto em simulação de segundo turno. O ex-presidente, porém, está inelegível até 2030 por causa de condenação na Justiça Eleitoral, embora diga que vá se candidatar.

    Em cenário de segundo turno em que o atual presidente concorre com Tarcísio, Lula tem 41% das intenções de voto, ante 40% do adversário. Como a margem de erro é de dois pontos percentuais, a situação é considerada um empate técnico. Votos em branco ou nulo e eleitores que não vão votar somam 14%, e os indecisos, 5%. Na pesquisa anterior da empresa, em março, Lula ainda tinha vantagem sobre Tarcísio: os índices eram de 43% a 37%. Meses antes, a dianteira era bem mais folgada: 52% a 26%.

    Quando o adversário apresentado é Michelle Bolsonaro, Lula tem 43% dos votos, ante 39% da adversária. Nesse caso, a diferença está no limite da margem de erro (de dois pontos para mais ou para menos), e a Genial/Quaest considera também um quadro de empate.

    A situação também ocorre quando o rival de Lula é Eduardo Leite. O petista obtém 40% dos votos, e o governador gaúcho, 36%.

    Na simulação de segundo turno entre Lula e Ratinho Junior, o empate também é configurado: o petista teria 40% dos votos, e o rival, 38%. Os indecisos somam 4%, e brancos, nulos e eleitores que não votarão outros 17%. Em março, o placar estava em 42% a 35%.

    A Genial/Quaest fez nesta rodada 2.004 entrevistas em 120 municípios, da quinta-feira passada (29) até o domingo (1º). O nível de confiança é de 95%.

    O atual mandatário manteve a liderança em simulações com outros três nomes cotados para a disputa.

    Quando o adversário no segundo turno é o deputado licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), Lula vence por 44% a 34%.

    Em disputa com o governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), o petista tem 42% das intenções de votos, ante 33% do adversário.

    Por fim, em cenário de segundo turno entre Lula e o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), o placar fica em 43% a 33%.

    A empresa de pesquisa também perguntou se o atual presidente deveria se candidatar à reeleição. Disseram que não 66% dos entrevistados —o índice era de 52% no levantamento feito em dezembro.

    Além disso, a pesquisa aponta que 65% entendem que Bolsonaro deveria abrir mão da candidatura agora e apoiar outro candidato. O ex-presidente promete insistir em disputar a Presidência, comportamento que tende a embaralhar a escolha de um outro nome de seu campo político para 2026.

    Para 17%, se Bolsonaro não for candidato, o nome da direita na sucessão presidencial deve ser Tarcísio, e 16% responderam Michelle. Outros 11% citaram Ratinho Junior.

    A Genial/Quaest também pesquisou a rejeição dos candidatos. Nesse quesito, os dois principais líderes políticos do país estão à frente.

    Disseram que conhecem e não votariam em Lula 57%, ante 40% que responderam que conhecem e votariam. Em relação a Bolsonaro, os números são parecidos: 55% disseram que conhecem e não votariam, ante 39% que responderam na linha oposta.

    Outro com rejeição elevada é Eduardo Bolsonaro, com 56% de respostas “conhece e não votaria”.

    Na pesquisa espontânea (quando os nomes dos candidatos não são apresentados ao entrevistado), Lula tem 11% das intenções de voto, e Bolsonaro marca 9%.

    A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro tem a liderança absoluta na preferência do eleitor bolsonarista em um cenário sem Jair Bolsonaro, que está inelegível até 2030. Segundo a Quaest, a preferência por Michelle entre os que dizem ser bolsonaristas é maior do que a soma do percentual daqueles que optariam pelo filho 03 do ex-presidente, o deputado licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), e pelo governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos).

    Para 44% dos que se declararam seguidores de Bolsonaro, Michelle deve ser apoiada pelo ex-presidente caso ele não viabilize sua candidatura no próximo ano. É quase o triplo da preferência por Tarcísio (17%) e quase cinco vezes a de Eduardo (10%), que na semana passada declarou à revista Veja sua intenção de concorrer ao Palácio do Planalto caso seja convocado pelo pai.

    A ex-primeira-dama também se sobressai em relação a outros nomes da direita, como o ex-coach Pablo Marçal (PRTB), que terminou a disputa pela prefeitura de São Paulo em terceiro lugar em 2024 após rachar o bolsonarismo na cidade (6% da preferência); os governadores Ratinho Júnior (PSD-PR) e Eduardo Leite (PSD-RS), com 5% cada, e Ronaldo Caiado (União Brasil-GO), com 4%.

    Governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo) tem a preferência de apenas 1% do eleitorado bolsonarista. Como publicamos na semana passada, a disposição do mineiro de disputar a Presidência da República com ou sem o aval de Bolsonaro tem sido esnobada no entorno do ex-presidente.

    Pressionado por parte do Centrão e setores da Faria Lima a abrir mão de uma reeleição tranquila em São Paulo para disputar o Planalto contra Lula, Tarcísio leva a melhor em relação a Michelle entre eleitores que se disseram “mais à direita”, mas sem o rótulo bolsonarista: o governador tem 32% da preferência desse estrato contra 24% da ex-primeira-dama e 5% de Eduardo Bolsonaro.

    Ainda nesse recorte, Ratinho tem 9% da preferência; Marçal, 7%; Caiado, 6%; Zema, 4% e Leite, 2%.

    Análise
    O cientista político Felipe Nunes, CEO da Quaest, avaliou, nesta pesquisa, que o “recado aqui é claro. Pela primeira vez, a rejeição ao governo está se transformando em rejeição eleitoral a Lula, alavancando as candidaturas dos potenciais herdeiros de Bolsonaro”.

    “Todos aparecem crescendo ou já empatados na margem com Lula. Vale mencionar o desempenho do governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, testado pela primeira vez entre os possíveis candidatos, e que teria 36% contra 40% de Lula”, afirmou em publicação no X.

    Segundo Felipe, o novo levantamento revelou “cansaço da polarização Lula x Bolsonaro. De um lado, 65% afirmam que Bolsonaro deveria abrir mão de sua candidatura agora e apoiar outro nome…”

    Avaliação negativa
    Nessa quarta-feira (4/6), a terceira rodada da pesquisa Genial/Quaest em 2025 apontou que 57% dos entrevistados desaprovam o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), enquanto 40% aprovam — são os piores resultados deste mandato.

    Os números mostram alta desaprovação, mas estabilidade: em relação à sondagem anterior, a parcela que não aprova o governo do petista oscilou um ponto percentual para cima – de 56%para 57%. A aprovação caiu o mesmo p.p. – de 41% para 40%.

    Em relação à economia, a notícia é boa para o Planalto: caiu de 56% para 48% a parcela dos brasileiros que veem piora na economia. Também melhorou a percepção sobre alta de preços de alimentos (caiu de 88% para 79%) e de combustíveis (passou de 70% para 54%).

    Respostas de 2

    1. Lula tem feito um bom governo até melhor que o do Bolsonaro. Fez diversas ações e vou listar abaixo:

      TOP 10 DAS ECONOMIAS — O Brasil voltou ao top 10 das economias do mundo. Nos últimos dois anos, cresceu duas vezes mais que a média registrada entre 2019 e 2022. O PIB foi de 3,2% em 2023 e de 3,4% em 2024, entre os dez maiores do mundo.

      PERTO DO PLENO EMPREGO E SALÁRIO EM ALTA – O Brasil registrou em 2024 a menor taxa de desemprego dos últimos 12 anos, de 6,6%, situação de quase pleno emprego. Em 2021, o indicador havia chegado a 14,9% — maior da série histórica. Desde 2023, mais de 3,2 milhões de empregos formais foram gerados. O salário mínimo voltou a ter crescimento acima da inflação.

      340 MERCADOS ABERTOS – O país voltou ao protagonismo internacional. O presidente manteve reuniões com líderes de 67 países. Mais de 340 mercados foram abertos ao agronegócio e a inserção comercial brasileira foi ampliada, em acordos com China, União Europeia e Oriente Médio. Em 2025, o país sedia a Cúpula do BRICS, a COP30 e assume a presidência do Mercosul.

      COMBATE À FOME, A PRIORIDADE — O Brasil retomou múltiplas políticas para nutrição e combate à fome e tornou-se uma das nações que mais reduziram a insegurança alimentar no período. Uma média de 60 mil pessoas por dia (suficiente para encher um estádio de futebol) passaram a ter direito a três refeições diárias. O Bolsa Família protege mais de 20 milhões de lares todo mês.

      MAIS MÉDICOS DOBRA — Para ampliar o acesso ao atendimento em saúde, o Mais Médicos dobrou. São mais de 26 mil profissionais atuando, após o programa ter sido reduzido a 13 mil. Hoje, eles chegam a 4,5 mil municípios e cobrem uma região com 64 milhões de brasileiros.

      FARMÁCIA POPULAR 100% GRATUITO – O Farmácia Popular voltou mais forte, com 100% dos 41 itens do programa oferecidos de forma gratuita, incluindo fraldas geriátricas.

      CIRURGIAS ELETIVAS RECORDES – Houve recorde de cirurgias eletivas no SUS, com mais de 14 milhões de procedimentos em 2024, alta de 37% em relação a 2022.

      SAMU MODERNIZADO – A entrega de ambulâncias do SAMU aumentou cinco vezes. Entre 2019 e 2022, 366 foram distribuídas. Nos últimos dois anos, o número subiu para 2.067.

      UM PAÍS QUE VACINA – Após superar um período de negacionismo, o Brasil saiu da lista de países com mais crianças não vacinadas no mundo, segundo o Unicef. A cobertura vacinal aumentou consideravelmente para 15 das 16 vacinas infantis.

      PÉ DE MEIA PARA 4 MILHÕES — O estímulo à educação é outra marca e o Pé-de-Meia, um dos destaques. Criado para garantir a permanência de estudantes do ensino médio em sala, já chega a 4 milhões de jovens. Programa transfere até R$ 9,2 mil em repasses em três anos.

      1 MILHÃO NO TEMPO INTEGRAL – Mais tempo na escola, atividades esportivas, culturais e científicas, além de tranquilidade para os pais trabalharem. É essa a perspectiva do ensino integral, que chegou a mais de um milhão de estudantes, o equivalente a 33 mil salas de aula.

      ENSINO SUPERIOR VALORIZADO – O Governo Federal anunciou 10 novos campi de universidades, 400 obras em universidades e hospitais universitários pelo Novo PAC e 102 novos Institutos Federais. As bolsas de estudo foram reajustadas depois de 10 anos.

      INDÚSTRIA RENASCE — Criado para fomentar o desenvolvimento produtivo, o programa Nova Indústria Brasil estimula o setor. A indústria cresceu 3,3% em 2024 e foi um dos destaques para puxar o PIB de 3,4% do Brasil. O setor sozinho gerou quase 200 mil empregos formais no ano.

      1,8 TRILHÃO NO NOVO PAC — Desenvolvido pelo Governo Federal a partir de prioridades de estados e municípios, o Novo PAC envolve mais de 20 mil obras e ações. Os investimentos superam R$ 1,8 trilhão para acelerar o crescimento do Brasil.

      1,2 MILHÃO DE CONTRATOS DO MINHA CASA, MINHA VIDA – Modernizado e ampliado, o Minha Casa, Minha Vida contratou mais de 1,2 milhão de moradias em dois anos.

      RECORDE NO AGRO — O Brasil tem o maior volume de investimentos da história do agronegócio, superando R$ 765 bilhões de crédito para a produção agropecuária pelo Plano Safra.

      MAIOR CONCURSO PÚBLICO DA HISTÓRIA – Inovador, o Concurso Público Nacional Unificado atraiu mais de 2 milhões de candidatos para 6.640 vagas. O formato inclusivo, com provas em todas as Unidades Federativas, será novamente adotado em 2025.

      10 MILHÕES JÁ ISENTOS DO IR — O Governo Federal já isentou do Imposto de Renda 10 milhões de pessoas com renda de até dois salários mínimos. Além disso, já foi enviado ao Congresso o projeto para tirar outros 10 milhões de brasileiros que ganham até R$ 5 mil do IR a partir de 2026.

      RECORDE DE ESTRANGEIROS – O Brasil teve recorde de 6,7 milhões de turistas estrangeiros em 2024. O número é maior do que o registrado em 2014 (Copa do Mundo) e 2016 (Jogos Olímpicos).

      DESMATAMENTO EM QUEDA – A Amazônia atingiu a menor taxa de desmatamento da década em 2024, com a maior redução em 10 anos: 46% de queda em relação a 2022. No Cerrado, a redução de 25,7% em 2024 foi a primeira em cinco anos.

      CULTURA RENASCE – Nunca se investiu tanto em Cultura no Brasil. Só a Lei Paulo Gustavo e a Política Nacional Aldir Blanc garantiram R$ 6,86 bilhões para o setor. Na Lei Rouanet, houve a nacionalização dos investimentos, com novas linhas especiais alcançando territórios e comunidades que, historicamente, não eram beneficiados. Só em 2024, foram R$ 3 bilhões de recursos, mais de 14 mil projetos aprovados e mais de 5,6 mil empresas patrocinadoras.

      FUTURO — Além de ressaltar as principais realizações do governo desde 2023, durante o evento “O Brasil dando a Volta por Cima”, o presidente Lula vai apresentar entregas previstas para este e o próximo ano. Assim, o Governo Federal reforça o compromisso com a transparência e com a qualidade de vida de todos os brasileiros.

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