O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) afirmou nesta sexta-feira (4) que existe a possibilidade de ele assumir a presidência nacional do Partido Liberal.
“Fico feliz com essa possibilidade. Mas irei conversar antes com Jair Bolsonaro e com Valdemar Costa Neto. Eu continuo seguindo meus princípios, sigo o meu pai, cumpro missão do Jair Bolsonaro e quero carta branca do partido para representar os valores dos conservadores do Brasil”, ressaltou Eduardo Bolsonaro à CNN.
O parlamentar também lembrou que existe uma dificuldade no partido em função da proibição de contato entre Jair Bolsonaro e Valdemar Costa Neto após medida imposta pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.
“Existe essa proibição de Valdemar ter contato com Jair Bolsonaro. Isso atrapalha o partido.”
No Partido Liberal, existe uma avaliação de que a proibição imposta por Alexandre de Moraes prejudicou a estratégia na eleição municipal do partido em prefeituras pelo país.
Com Eduardo na presidência, Valdemar se tornaria vice-presidente da legenda, mas continuaria com poderes de gestão no PL. A dança das cadeiras é vista como uma alternativa para derrubar os argumentos de Moraes de impedir o diálogo entre os dois integrantes do partido. Além disso, o partido poderia se beneficiar já que não há vetos no diálogo entre Jair e Eduardo Bolsonaro.
Bolsonaro diz que PL expulsará deputados do MA
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) disse que os deputados federais do PL que foram denunciados por corrupção pela PGR (Procuradoria Geral da República) devem ser expulsos da legenda.
Josimar Maranhãozinho (PL-MA), Bosco Costa (PL-SE) e Gildenemyr (PL-MA) teriam destinado verbas para São José de Ribamar, que está a 30 km da capital São Luís, e depois pressionado a prefeitura a repassar parte dos recursos aos congressistas.
O dinheiro, no entanto, não chegou a ser repassado para os deputados. O prefeito à época, Eudes Sampaio (PP), teria confirmado à PF que foi pressionado pelos 3 a repassar cerca de R$ 1,6 milhão.
“Depois das eleições nós vamos dar um freio de arrumação no partido. Esses caras são contumazes em fazer besteira e tem que ir embora porque mancha todo mundo”, afirmou Bolsonaro em entrevista à Rádio AuriVerde.
Josimar e Gil foram acusados dos crimes de corrupção passiva e organização criminosa. Em outro inquérito ainda sem denúncia apresentada, Maranhãozinho havia sido gravado pela Polícia Federal manuseando caixas com dinheiro vivo.
Os autos da denúncia, que é sigilosa, estão sob relatoria do ministro do STF Cristiano Zanin. Ele já determinou a intimação dos acusados para apresentar defesa prévia. Depois desse trâmite, a Primeira Turma do STF deve julgar se transforma os alvos em réus.
É a primeira denúncia contra parlamentares feita pela PGR sob o comando de Paulo Gonet que envolve irregularidades em emendas. Sua gestão também já acionou o STF para barrar o uso das chamadas “Emendas Pix”, que foram consideradas inconstitucionais, e orientou os procuradores nos estados a fazer um pente-fino no instrumento.
O caso denunciado envolve o envio de emendas desses três parlamentares para a Prefeitura de São José de Ribamar (MA), que fica a 30 km da capital São Luís. Segundo a PGR, eles enviaram recursos para o município com o objetivo de obter o desvio e a devolução de parte dessas emendas. Esse desvio seria de R$ 1,6 milhão e correspondia a um percentual das emendas, de acordo com o inquérito da PF.
O prefeito do município à época, Eudes Sampaio, relatou à PF ter sido alvo de extorsões do grupo com o objetivo de repassar parte dos valores pagos com as emendas. A PGR apresentou na denúncia trocas de mensagens que, segundo a acusação, indicam pressão do grupo sobre o prefeito para a obtenção dos recursos.
O dinheiro, porém, não chegou a ser repassado aos parlamentares, mas mesmo assim a PGR considerou que ficou caracterizado o crime de corrupção passiva, que consiste em solicitar ou receber vantagem indevida, com pena prevista de um a oito anos de prisão.
A PF já havia apontado que o grupo tinha um braço armado para realizar ações violentas. Na denúncia, a PGR apontou que houve ações de monitoramento do prefeito, mas nenhum ato específico de violência.
No total, o deputado Josimar Maranhãozinho foi indiciado pela PF em três inquéritos diferentes. Ainda há outras duas investigações na PGR para análise sobre eventual apresentação de denúncia, que também envolvem suspeitas de desvios em emendas parlamentares. O caso no qual ele foi flagrado em vídeos carregando caixas de dinheiro está com a PGR desde dezembro de 2021, ainda na gestão de Augusto Aras, mas até hoje não teve uma definição.
Respostas de 16
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