Em 27 de julho, defendendo a urgência do desembarque de filiados do PP de cargos no governo Lula, Ciro Nogueira foi radical. Anunciou que qualquer deputado ou senador do partido que permanecesse no governo federal a partir de agosto seria expulso da legenda. Agosto chegou e nada. Setembro passou e nada.
Outubro chegou e Ciro, presidente do PP, divulgou há pouco uma nota oficial em que pega bem mais leve:
“Diante da decisão de desobedecer a orientação da Executiva Nacional do partido e permanecer no Ministério do Esporte, o ministro André Fufuca fica, a partir de agora, afastado de todas as decisões partidárias, bem como da vice-presidência nacional do partido”.
A diferença de tom entre julho e outubro pode ser explicada pelo fato de que, há três meses, Lula estava nas cordas. Possivelmente, nem Fufuca quisesse permanecer ministro de um governo mal avaliado. Mas o jogo virou. As pesquisas mais recentes, inclusive a da Quaest, de hoje, reforçam a ideia de uma recuperação do governo.
Assim, o PP preferiu esquecer a ameaça feita em julho, e repetida aqui e ali, algumas vezes, e seguir em frente, desistindo de qualquer medida drástica.



Uma resposta
A derrota desses oportunistas tá chegando a galope.
O povão aplaude e agradece.