Contribuintes brasileiros comunicaram, entre agosto e setembro, quase R$ 14 bilhões em transações com moedas virtuais, informou ao G1 a Receita Federal. Desde agosto, a Receita exige a comunicação de operações com as chamadas criptomoedas. Esta é a primeira norma sobre o tema editada no país.
São obrigadas a fazer a declaração, todas as pessoas físicas ou jurídicas, domiciliadas no Brasil e que movimentem acima de R$ 30 mil ao longo do mês, e as “exchange” – empresas que funcionam como casas de câmbio e intermediadoras de negócios com as moedas digitais.
Em agosto, primeiro mês em que a regra esteve em vigor, foram comunicadas à Receita 1,5 milhão de operações, que movimentaram um total de R$ 4,483 bilhões e envolveram desde compras e vendas até doações e transferências com criptoativos.
Em setembro, caiu o número de operações informadas (989,9 mil), mas o valor dobrou: foram R$ 9,488 bilhões em transações. No total do bimestre, as operações com criptomoedas somam R$ 13,971 bilhões.
Em 2017, o Banco Central do Brasil divulgou alerta sobre as moedas virtuais, apontando que elas não são emitidas e nem garantidas por qualquer autoridade monetária e que “estão sujeitas a riscos imponderáveis”, incluindo “a possibilidade de perda de todo o capital investido, além da típica variação de seu preço”.
Segundo a Abcripto, o Brasil é responsável por menos de 1% do total de transações com as moedas virtuais no mundo. As três maiores “exchange” do país (Mercado Bitcoin, Foxbit e Bitcoin to You) informaram terem, juntas, mais de 2,7 milhões de clientes cadastrados. G1