• PGJ anuncia “providências cabíveis” contra promotor acusado de extorsão; Paulo Victor protocola no CNMP afastamento de Zanony

    A Procuradoria-Geral de Justiça do Maranhão (PGJ-MA) emitiu nota a respeito da denúncia de extorsão feita, nesta segunda-feira, 4, pelo presidente da Câmara Municipal de São Luís, vereador Paulo Victor, contra o promotor de Justiça Zanony Passos Filho. O promotor teria exigido nomeações em cargos na Câmara Municipal para amenizar investigações contra o poder legislativo municipal.

    No comunicado oficial, o procurador-geral de Justiça, Eduardo Nicolau, afirmou que “providências cabíveis” serão tomadas em relação ao caso. A nota informa que o Procurador-geral de Justiça está agindo junto com a Corregedora-Geral do Ministério Público do Maranhão.

    A denúncia de Paulo Victor inclui prints de conversas entre ele e Zanony, além de diálogos entre o promotor e uma assessora do vereador. Nas conversas, são abordadas nomeações na Câmara e a suposta paralisação de investigações. O presidente da Câmara alega que as evidências comprovam o crime de extorsão.

    Eis a íntegra da nota:

    “O Ministério Público do Maranhão informa que o Procurador-geral de Justiça, Eduardo Jorge Hiluy Nicolau, e a Corregedora-Geral do Ministério Público do Maranhão, Themis Maria Pacheco de Carvalho, já tomaram ciência do fato ocorrido na Câmara Municipal e estão tomando as providências cabíveis”.

    Zanony se manifesta e diz que foi “vítima de uma maldade” – O promotor Zanony Filho respondeu às acusações do vereador Paulo Victor, alegando que pediu emprego para um primo, o que, segundo ele, não caracteriza improbidade. Ele se diz “vítima de uma maldade” praticada por Paulo Victor.

    O promotor afirmou que outras vagas foram oferecidas pelo próprio presidente da Câmara. Zanony negou atuar em processos criminais contra o vereador, reiterando sua atuação em ações cíveis.

    Ele garantiu seguir normalmente suas atividades mesmo após a demissão de indicados, e planeja emitir uma nota oficial após reunião com a Procuradoria-Geral de Justiça (PGJ). (O Informante)

    Paulo Victor protocola no CNMP pedido de afastamento de Zanony

    O presidente da Câmara de Vereadores de São Luís, Paulo Victor, protocolou no Conselho Nacional do Ministério Público pedido de afastamento do promotor Zanony Passos Silva Filho, bem como a suspensão do procedimento investigatório criminal até a decisão final do CNMP.

    Veja clicando: Reclamação Disciplinar Paulo Victor no CNMP contra Zanony

    NOTA À IMPRENSA.

     Na qualidade de advogado do Promotor de Justiça  ZANONY PASSOS SILVA FILHO e a despeito das notícias veiculadas em  diversos órgãos de imprensa pelo Presidente da Câmara Municipal de São  Luís PAULO VICTOR MELO, esclarecemos que são falaciosas as denúncias.

     O Promotor Zanony Passos Silva Filho não promove  qualquer investigação em face do Presidente da Câmara ou qualquer outro  vereador, cabendo à 35ª Promotoria da Probidade, da qual é titular,  investigar Entidades Sociais sob o aspecto cível, precisamente sobre ausência  de prestação de contas de recursos recebidos.

     O Promotor manteve contatos institucionais com o  Presidente da Câmara, não tratando de investigações sobre vereadores e  contra o próprio Paulo Victor em processos fora de suas atribuições.

     Os prints de conversas distribuídos à imprensa são  levianos e merecerão pronta resposta no tempo devido, já que  fragmentados, fora de contexto e que tem por escopo, em verdade, não  apenas inibir a atuação da Promotoria da qual o Promotor Zanony é titular,  mas principalmente do GAECO.

     Ainda de forma oportunista e sob a iminência de gravosas  medidas judiciais, o denunciante Paulo Victor tenta inibir a atuação do próprio Ministério Público, em especial do GAECO, do qual o Promotor  Zanony, repita-se não faz parte ou atuou em qualquer procedimento.

     Prova dessa assertiva é que o Presidente da Câmara  busca, em nome próprio e no âmbito do Poder Judiciário, o trancamento de  investigações que culminaram em operações com autorização judicial contra  si e outros vereadores, em crimes apurados por outras Promotorias e pelo  GAECO, não sendo, como dito acima, de atribuição de Zanony Passos.

     Por fim, vale assinalar que Zanony Passos não responde a  qualquer processo ou procedimento administrativo ou judicial, sendo  inverídicas as afirmações prestadas pelo Presidente da Câmara à imprensa,  qual será objeto das devidas medidas judiciais.

     Zanony aguarda serenamente a abertura de eventual  investigação interna, onde poderá provar os fatos ora alegados, estando  certo de que as investigações terão prosseguimento no âmbito de suas  competências, já que nenhuma denúncia tem o condão de inibir a atuação  do Ministério Público.

     Atenciosamente,

    Fabiano de Cristo Cabral Rodrigues Junior

    Advogado OAB-MA 9472-A

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