• Alckmin deve esperar definição em SP para anunciar filiação

    Cotado para ser o vice de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na chapa à corrida presidencial, o ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin (sem partido) deve esperar a definição sobre quem disputará o governo do Estado para definir sua possível filiação ao PSB.

    Tanto o PT quanto o PSB mantêm os nomes de Fernando Haddad e Márcio França, respectivamente, na disputa pelo comando paulista. De acordo com petistas ouvidos pelo Poder360, Alckmin não quer ficar no meio do conflito. Uma resolução, no entanto, é esperada apenas para o fim de fevereiro.

    Integrantes dos 2 partidos defendem que a decisão seja tomada com base no que as pesquisas de intenção de voto apontam. Neste caso, Haddad pontua melhor que França. Há, no entanto, quem acredite que o pessebista possa herdar mais votos de Alckmin, o que o levaria a ter mais chances eleitorais.

    Alckmin foi convidado pelo PSB a se filiar em dezembro, depois de ter deixado o PSDB. Desde então, não deu respostas ao partido. Enquanto não define sua filiação, o ex-governador está marcando reuniões em busca de aliados. Ele encontrará ex-secretários e ex-deputados na próxima semana. Nas conversas, falará sobre qual deve ser seu novo partido e se pretende de fato aceitar ser o vice de Lula.

    A quem pergunta a Alckmin o que fará, o ex-tucano repete uma história de Marco Maciel (vice-presidente de Fernando Henrique Cardoso), que morreu no ano passado. O pernambucano se reuniu com prefeitos e perguntou que planos tinham. O 1º da fila disse: “Estou só expectorando”.

    A avaliação no mundo político é de que, se Lula tiver Alckmin como vice, aumentará sua chance de vencer as eleições presidenciais. O ex-governador, no entanto, buscará valorizar o passe. Deverá montar uma estratégia para lhe dar protagonismo. É importante em caso de vitória e de derrota da chapa. Se ficar a imagem de que errou, será prejudicado em eleições futuras.

    Os aliados do agora ex-tucano poderão ajudar com conselhos, apoio ou, no mínimo, neutralidade. Alckmin tem sido atacado, principalmente por petistas, pela possibilidade de apoiar Lula. Isso tende a se intensificar na campanha. As conversas que manterá nas próximas semanas com pessoas próximas poderão reduzir o dano.

    Por fim, Alckmin precisa convencer uma ala do PT de que não será “o Michel Temer de Lula”, como disse Dilma Rousseff sugerindo que o paulista ficará na vice-presidência conspirando contra o titular do Planalto. Do Poder 360

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