O ministro da Justiça, Flávio Dino (PSB), disse nesta 2ª feira (10.abr.2023) que há ligações entre os ataques feitos contra crianças em escolas e os atos extremistas do 8 de Janeiro. Para ele, tanto um quanto o outro são “ecos e reverberações” de uma suposta cultura de violência perpetuada no governo anterior, de Jair Bolsonaro (PL).
“Tem influência da ideia de violência extremista a qualquer preço, a qualquer custo. O ethos, o paradigma de organização do mundo que golpistas políticos e agressores de crianças, assassinos de crianças têm, é o mesmo, é mesma matriz de pensamento, é a matriz da violência“, disse.
Dino evitou fazer uma conexão direta do ex-presidente com os ataques nas escolas. O senador Flávio Bolsonaro (PL) e o deputado Eduardo Bolsonaro (PL) lamentaram as mortes nas suas redes sociais. Eduardo propôs detectores de metal na entrada de colégios para evitar armas.
Lula lamentou as mortes e disse que aquele foi o pior dia da sua vida. Disse também que o autor do ataque, que matou 4 crianças, era um monstro. “Essa figura humana, que não tem nada de humana, deve ter vindo de outro planeta. O planeta do ódio“, disse.
Na última 4ª feira (5.abr) um homem atacou crianças em uma escola na cidade de Blumenau (SC). Ele matou 4 e feriu ao menos outras 3 e professores. Depois, entregou-se à polícia.
Apoio político
Dino afirmou que os atos extremistas do 8 de Janeiro fortaleceram o apoio ao governo. Segundo ele, isso se deu por meio de uma maior união das instituições.
“O extremismo político acabou fazendo com que se ampliasse o apoio ao governo, não só social, mas também institucional“, disse.
Ele afirmou que o momento atual é de responsabilizar os autores e os mentores dos crimes. “A questão hoje remanescente é a responsabilização das pessoas que engendraram esse planejamento golpista durante meses“, disse. (Poder 360)