O Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes) disse que a estrutura remanescente da ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira, na BR-226, entre o Tocantins e o Maranhão, deve ser implodida no próximo domingo (2). A implosão é uma etapa necessária para a reconstrução da ponte, cujo processo foi contratado pelo governo federal por R$ 172 milhões, com previsão de conclusão até o final de 2025. O consórcio Penedo-Neópolis foi selecionado por meio de um contrato emergencial, sem licitação.
A ponte desabou no dia 22 de dezembro de 2024, enquanto dez veículos passavam pelo local. Na ocasião, dezoito pessoas caíram no rio, das quais 14 morreram e 3 seguem desaparecidas —uma sobreviveu.
Na ocasião, o vão central da construção cedeu derrubando pelo menos dez veículos, incluindo três caminhões transportando cerca de 25 mil litros de agrotóxicos e 76 toneladas de ácido sulfúrico.
Além disso, um carro ficou por quase um mês preso no vão —o advogado dos donos do veículo disse a Folha que ele foi retirado.
A técnica de implosão utilizará fogo controlado e explosivos para fragmentar as formações rochosas e permitir a demolição, já que o local é de difícil acesso para maquinário pesado.
O Dnit salientou que está em fase de planejamento da ação e que ainda vai confirmar a data e a logística da operação. A população local também será informada sobre a implosão, e medidas de segurança devem ser implementadas para evitar o trânsito de veículos e pessoas no perímetro.
Atualmente, estão sendo realizados trabalhos de pré-furação da estrutura e monitoramento para garantir a segurança da AÇÃO. Também estão em andamento os trabalhos de preparação dos acessos para a atuação das equipes e equipamentos que farão a retirada do material implodido.
A implosão da estrutura remanescente é uma etapa necessária para a reconstrução da ponte.
Em dezembro, o governo federal contratou por R$ 172 milhões um consórcio para reconstruir a estrutura. O consórcio Penedo-Neópolis foi escolhido por meio de um contrato emergencial, sem licitação. A previsão é que a obra seja concluída até o fim deste ano.
Reportagem da Folha mostrou que o Brasil tem 727 pontes federais —sob responsabilidade do Dnit— nas categorias crítica ou ruim, sendo 130 delas na pior condição possível.